quarta-feira, 27 de novembro de 2013

“Que eu seja capaz de escutar a lição do vento, mesmo que seja aquele vento que seca minha lágrima, a lágrima que eu mais quero derramar.
Que eu consiga conversar com o céu, mesmo sabendo que para suas palavras ainda sou surda.
Que eu consiga queimar os pensamentos de lamentação, mesmo sabendo que estou submersa em um mar de mágoas.
Que eu perca a ira como sendo um sentimento, mesmo sabendo que

existem provocações.
Que eu não pare de sonhar com aquele abraço que conforta, mesmo sabendo que o que eu quero abraçar não pode ser palpável.
Que eu possa gritar o amor, mesmo sabendo que ainda não o compreendo.
Que eu permita que vá, aquele que foi, mesmo sabendo que eu devo ficar.
Que eu aceite a frase rude da negação necessária, mesmo sabendo que o que sonhava era o sim.
Que eu jamais me esqueça dos amores, mesmo sabendo que eram envolvidos pelas dores.
Que eu perdoe de corpo e alma, mesmo sabendo que existem punhais para me machucar.
Que eu um dia possa merecer voar livre pelo céu, mesmo sabendo que agora sou envolvido pelas âncoras dos pecados da humanidade.
E que eu jamais me permita esquecer, de que todas essas provas me farão sorrir o amor e gargalhar a sabedoria, mesmo sabendo que o caminho é longo e que o dia só amanheceu.”

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